quinta-feira, 21 de março de 2013

Mendigar Afeto


Penso que é consenso de todos que um relacionamento não pode ser unilateral. Para haver relação precisa da interação de duas partes. Seja amizade, namoro, colegas de trabalho...
Gosto de pensar na ideia de relacionamento em que cada um da um passo na direção do outro até ao ponto de caminharem juntos. Mas isso não é regra! Estamos na era do individualismo e dos relacionamentos descartáveis.
Fica a pergunta. Até que ponto eu devo investir em uma relação? Penso que até ao ponto em o outro investe também.
Por vezes mendigamos o afeto das pessoas valorizando e investindo em relações que não são correspondidas da mesma forma. Quando paramos para refletir sempre estamos relevando, fazendo concessões, se desculpando, até se anulando pelo afeto de alguém que não corresponde aos nossos investimentos.
Um relacionamento saudável, com afinidades, no qual cada parte coloca seu tijolinho na construção não resultará em esgotamento emocional de nenhuma das partes, não será um fardo. Crises faz parte, mas quando se torna uma constante é hora de repensar.
A vida tem ciclos e mendigar afeto pode se tornar um círculo vicioso onde nos anulamos em busca de atenção, aceitação, e companhia.
Não precisamos mendigar afeto, pois a vida se encarregará de colocar em nossos caminhos pessoas com as quais se relacionar não seja um peso.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Problemas de Relacionamento


Estava querendo muito assistir o filme Onde vivem os monstros, assisti e achei muito bom. Porém, os conflitos de relacionamentos dos monstros me fez pensar na vida novamente.
Como é difícil se relacionar com o outro que é tão igual e ao mesmo tempo tão diferente. Antes acreditava na inteligência como sendo uma pessoa de QI elevado, mas hoje acredito que uma pessoa inteligente é aquela que sabe se relacionar bem.
Como é difícil enxergar os próprios erros, aceitar as pessoas sem tentar mudá-las, ser menos critico e mais amoroso, vencer os próprios medos... Enfim inúmeras dificuldades de relacionamento que todos têm. Somos mais fortes em alguns pontos, mais fracos em outros. Também acho inteligente aprender com os outros, saber ouvir, dar atenção.
Dentre as dificuldades de relacionamento acho interessante destacar alguns pontos, coisas que tenho tentado aprender.
Primeiro, tratar com os próprios medos. Enfrentar os medos não é fácil, mas quando enfrentamos o prazer da vitoria compensa as dificuldades do caminho. Medo! Medo do que vão dizer, medo de desagradar, medo de errar, medo de não conseguir, medo da rejeição, os medos não tem fim e quanto mais recuamos mais o medo cresce. É incontrolável aquilo que as pessoas pensam a nosso respeito independente do que fazemos. O medo nunca acaba ele também tem seu lado positivo de nos proteger por exemplo. A solução para o medo é enfrentá-lo para que ele não nos domine. Por vezes agimos com as pessoas através do medo e na maioria das vezes as pessoas não conseguem perceber que agimos daquela forma por medo. Por medo relacionamentos podem ser estragados, oportunidades perdidas. Uma forma de lidar com os medos é assumir os medos e em compreendendo nossos medos enfrentá-los.
Outro ponto é saber se colocar no lugar do outro. É impressionante a capacidade humana de criticar, mas quando nos colocamos no lugar do outro, nos imaginamos na situação somos capazes de ter compaixão, de ser solidário. Se conseguirmos usar da indulgencia que temos conosco para com os outros nossos relacionamentos serão melhores.
Saber conviver com os defeitos dos outros. Todos têm defeitos! E ficar tentando mudar as pessoas, só cria mais problemas nos relacionamentos, é interessante. Por que as pessoas tem que aguentar nossos defeitos? E nós não podemos ser tolerantes com os defeitos dos outros?
Se relacionar bem não é fácil, requer investimento. Mas se queremos viver bem então é melhor começarmos a nos preocupar em cuidar mais dos nossos relacionamentos.

Conversão: Inicio de uma nova vida ou de um processo de Alienação?


Desde que nascemos recebemos influências de todos os lados, família, amigos, mídia, trabalho, através dessas influências, das nossas experiências de vida, contexto social, formamos uma identidade.
Temos hábitos e preferências que trazemos conosco pelas fases da vida, infância, adolescência, fase adulta, enfim.
A partir do momento da conversão entramos em um processo para adequação da nova vida que recebemos de Cristo, nesse processo nos deparamos com a necessidade de mudança, de abandonar hábitos, e de criar novos, nos encontramos com um novo mundo onde temos um estilo musical, uma literatura, um novo “dialeto”, e agora uma nova mídia, o mundo gospel.
Dentro deste contexto cabe a reflexão do que é nova vida e o processo de santificação, esse conhecimento só poderá vir de um estudo sistemático e equilibrado da bíblia. Mas precisamos refletir sobre a vida que vivemos se de fato buscamos uma vida que reflita o amor e o caráter de Cristo, que desfrute da liberdade que recebemos ou se entramos em um processo de alienação, entramos em um mundo onde tudo é proibido, inclusive pensar.
Infelizmente nos deparamos hoje com uma igreja que muitas vezes tem um fim em si mesma, que parece mais uma empresa do que um corpo, onde se faz presente o medo, a manipulação, a ignorância, e a indiferença.
Que importa métodos, que tem templos suntuosos, mas não esta preparada para lidar com os marginalizados, e com os fracos, que procura pessoas “prontas” para que se adaptem rapidamente aos métodos e possam produzir.
Onde é mais fácil proibir do que orientar, no meio de tantos usos e costumes, e tradicionalismo, fica a reflexão se estamos tendo uma nova vida em Cristo e o seguindo ou estamos tentando nos descaracterizar como seres humanos, nos alienando socialmente, culturalmente, com o pretexto de santidade e nova vida.
Não fomos chamados para nos tornarmos alienados, estoicos  ou viver sob leis verbais das quais nem mesmo os que as impõem podem cumprir, fomos chamados a liberdade, a qual só pode vir de Cristo, de um relacionamento equilibrado com Ele. 

Frustração!


Porque as coisas dão errado? Às vezes me pego com a sensação de que nada da certo. Penso que faz parte do ser humano ser meio dramático.

Mas será que de fato deu errado ou a expectativa é que estava errada?

A frustração é uma lição difícil de aprender, mas a vida é uma professora insistente. Se frustrar e saber frustrar faz parte do processo de amadurecimento que todos nós passamos.

Já quis demais algo que não conseguiu? Podemos ter pelo menos duas perspectivas, a de que desistimos cedo demais ou que estávamos errados e tivemos que voltar atrás.

A frustração vai acontecer para todos. Isso é fato! Mas o que fazemos diante dela? Choramos? 

Revoltamos-nos? Fazemos birra para a vida?

A frustração é uma oportunidade de rever nossas expectativas e traçar novos caminhos.

É mais difícil repensar a vida quando estamos muito felizes, errar, se frustrar, coloca nosso pé no chão.
Às vezes voamos com as nossas ilusões, nos perdemos em sonhos, e a frustração vem nos mostrar o caminho de volta à realidade.

Vamos aprender com a vida, com os erros, decepções. Não podemos evitar se frustrar, mas sim se iludir menos, esperar na medida certa!



sábado, 29 de setembro de 2012

Submissão


Da mesma forma, Cristo não tomou para si a glória de se tornar sumo sacerdote, mas Deus lhe disse: "Tu és meu Filho; eu hoje te gerei". E diz noutro lugar: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque". Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte de eterna salvação para todos os que lhe obedecem, sendo designado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:5-10

Às vezes tenho impressão que a ideia de submissão caiu em completo desuso na minha geração, e nas que estão vindo. Uma geração sem limites, precoce, de famílias quebradas, etc. Perguntou-me se por reflexo do período da ditadura e do Woodstock nossos pais perderam o controle caindo no extremo oposto da submissão.

O contexto familiar, sociocultural contribui muito para a ideia que temos de autoridade, obedeceria, submissão. A visão que temos sobre o assunto está diretamente ligada à forma como nos relacionamos com Deus. Se formos insubmissos e desobedientes às figuras de autoridade aqui na terra também o seremos para com Deus.

Jesus é nosso padrão de conduta, Ele é o modelo! Fico incomodado com esse texto, incomodado em ver como somos rebeldes a Deus quando deixamos de seguir o padrão de Jesus que sendo o Cristo, o escolhido, foi um homem de oração e aprendeu a ser obediente pelas coisas que sofreu. Será que temos seguido esse padrão?

A submissão começa quando deixamos aquilo que mais nos agrada para termos uma vida de oração, e Deus falando a nós e pelas coisas que sofremos vai nos moldando a imagem de Cristo.

Passamos tanto tempo na escola para aprender as ciências exatas, biológicas, humanas, enfim. Quem de nós vai estar disposto a entrar na escola da submissão?

Três Aspectos da Cruz


Texto: 2 Coríntios 5:13-18

Quando lemos 2 Coríntios 5:13-18 podemos ver como a cruz marcou profundamente o centro da vida de Paulo. Estamos familiarizados com os versículos 14 e 15 onde se lê: "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." Estas palavras ensinam a identificação do crente com Cristo em sua morte e ressurreição para uma vida onde ele viva completamente para Cristo e não para si mesmo.
Ninguém chega a Cristo sem antes olhar para sua Cruz e é importante compreendermos os diferentes aspectos da Cruz de Cristo para nossas vidas.

No artigo "A mudança de centro através da Cruz" de Jessie Penn-lewis encontramos o seguinte:

Temos falado da cruz e de nossa morte para o pecado conforme Romanos 6, a respeito da cruz e de nossa morte para o mundo conforme Gálatas 6, e algumas vezes sobre a vida pela morte do "grão de trigo" descrito em João 12:24. Porém é possível receber luz a respeito de todos esses aspectos da cruz e experimentar uma certa libertação através da verdade e mesmo assim não conhecer, bem lá no profundo do nosso ser, a retirada do EGO como centro em nossas vidas conforme o apóstolo coloca em 2 Coríntios 5:14. Em outras palavras, há mais profundo a ser tratado do que a morte para o "pecado” e para o "mundo". É o EGO, o EU. Será que a cruz já penetrou lá? É até a essa profundeza que precisamos chegar para trazer a cruz. Não há outro meio do Senhor liberar os seus rios de água viva ou de sermos trazidos ao lugar de autoridade sobre o poder das trevas, porque o EU está envenenado em sua fonte pela natureza caída do primeiro Adão.

1) A cruz como morte para pecado

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Romanos 6:4). Um dos princípios fundamentais da caminhada com Cristo é se identificar com a sua morte, ou seja, compreender e crer que morremos com Cristo e que fomos libertos da escravidão do pecado. A palavra grega para 'MORTOS' é 'apothnesko', que o Léxico Grego diz que traduz o verbo mais vívida e intensamente, e que representa a ação do verbo simples como consumado e terminado. Ela também significa "Desaparecer, expirar, tornar-se totalmente morto". Os tropeços irão acontecer na vida do crente, se identificar com Cristo em sua morte é não viver mais na pratica do pecado. Você ainda vive na pratica do pecado? Qual pecado é constante em sua vida?

2) A cruz como morte para o mundo

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo (Gálatas 6:14) Paulo escreveu aos Gálatas porque os Judeus estavam pressionando os Cristãos a se deixarem circuncidar para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. A novidade de vida que recebemos na morte com Cristo para o pecado através da cruz nos leva a não mais andar segundos os padrões, conceitos e filosofias que o mundo nos impõe. Você tem vivido nos padrões do mundo? Quais desses padrões faz parte da sua vida?

3) A cruz como morte para o ego

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2:20). A identificação na morte com Cristo através da cruz também implica em uma mudança de centro, onde a cruz opera em nós para que o 'ego', o 'eu' sai do centro e Cristo assuma o comando. Quando o 'eu' está no centro do comando somos dominados pelo egoísmo, orgulho, desejos carnais, e não temos a plenitude da vida de Cristo. Você ainda está no controle da sua vida? Você deseja realmente que Cristo assuma o controle da sua vida? Em que áreas ou aspectos seu ego tem atrapalhado seu relacionamento com Deus?