sábado, 29 de setembro de 2012

Submissão


Da mesma forma, Cristo não tomou para si a glória de se tornar sumo sacerdote, mas Deus lhe disse: "Tu és meu Filho; eu hoje te gerei". E diz noutro lugar: "Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque". Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa da sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-se a fonte de eterna salvação para todos os que lhe obedecem, sendo designado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Hebreus 5:5-10

Às vezes tenho impressão que a ideia de submissão caiu em completo desuso na minha geração, e nas que estão vindo. Uma geração sem limites, precoce, de famílias quebradas, etc. Perguntou-me se por reflexo do período da ditadura e do Woodstock nossos pais perderam o controle caindo no extremo oposto da submissão.

O contexto familiar, sociocultural contribui muito para a ideia que temos de autoridade, obedeceria, submissão. A visão que temos sobre o assunto está diretamente ligada à forma como nos relacionamos com Deus. Se formos insubmissos e desobedientes às figuras de autoridade aqui na terra também o seremos para com Deus.

Jesus é nosso padrão de conduta, Ele é o modelo! Fico incomodado com esse texto, incomodado em ver como somos rebeldes a Deus quando deixamos de seguir o padrão de Jesus que sendo o Cristo, o escolhido, foi um homem de oração e aprendeu a ser obediente pelas coisas que sofreu. Será que temos seguido esse padrão?

A submissão começa quando deixamos aquilo que mais nos agrada para termos uma vida de oração, e Deus falando a nós e pelas coisas que sofremos vai nos moldando a imagem de Cristo.

Passamos tanto tempo na escola para aprender as ciências exatas, biológicas, humanas, enfim. Quem de nós vai estar disposto a entrar na escola da submissão?

Três Aspectos da Cruz


Texto: 2 Coríntios 5:13-18

Quando lemos 2 Coríntios 5:13-18 podemos ver como a cruz marcou profundamente o centro da vida de Paulo. Estamos familiarizados com os versículos 14 e 15 onde se lê: "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." Estas palavras ensinam a identificação do crente com Cristo em sua morte e ressurreição para uma vida onde ele viva completamente para Cristo e não para si mesmo.
Ninguém chega a Cristo sem antes olhar para sua Cruz e é importante compreendermos os diferentes aspectos da Cruz de Cristo para nossas vidas.

No artigo "A mudança de centro através da Cruz" de Jessie Penn-lewis encontramos o seguinte:

Temos falado da cruz e de nossa morte para o pecado conforme Romanos 6, a respeito da cruz e de nossa morte para o mundo conforme Gálatas 6, e algumas vezes sobre a vida pela morte do "grão de trigo" descrito em João 12:24. Porém é possível receber luz a respeito de todos esses aspectos da cruz e experimentar uma certa libertação através da verdade e mesmo assim não conhecer, bem lá no profundo do nosso ser, a retirada do EGO como centro em nossas vidas conforme o apóstolo coloca em 2 Coríntios 5:14. Em outras palavras, há mais profundo a ser tratado do que a morte para o "pecado” e para o "mundo". É o EGO, o EU. Será que a cruz já penetrou lá? É até a essa profundeza que precisamos chegar para trazer a cruz. Não há outro meio do Senhor liberar os seus rios de água viva ou de sermos trazidos ao lugar de autoridade sobre o poder das trevas, porque o EU está envenenado em sua fonte pela natureza caída do primeiro Adão.

1) A cruz como morte para pecado

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida (Romanos 6:4). Um dos princípios fundamentais da caminhada com Cristo é se identificar com a sua morte, ou seja, compreender e crer que morremos com Cristo e que fomos libertos da escravidão do pecado. A palavra grega para 'MORTOS' é 'apothnesko', que o Léxico Grego diz que traduz o verbo mais vívida e intensamente, e que representa a ação do verbo simples como consumado e terminado. Ela também significa "Desaparecer, expirar, tornar-se totalmente morto". Os tropeços irão acontecer na vida do crente, se identificar com Cristo em sua morte é não viver mais na pratica do pecado. Você ainda vive na pratica do pecado? Qual pecado é constante em sua vida?

2) A cruz como morte para o mundo

Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo (Gálatas 6:14) Paulo escreveu aos Gálatas porque os Judeus estavam pressionando os Cristãos a se deixarem circuncidar para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. A novidade de vida que recebemos na morte com Cristo para o pecado através da cruz nos leva a não mais andar segundos os padrões, conceitos e filosofias que o mundo nos impõe. Você tem vivido nos padrões do mundo? Quais desses padrões faz parte da sua vida?

3) A cruz como morte para o ego

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2:20). A identificação na morte com Cristo através da cruz também implica em uma mudança de centro, onde a cruz opera em nós para que o 'ego', o 'eu' sai do centro e Cristo assuma o comando. Quando o 'eu' está no centro do comando somos dominados pelo egoísmo, orgulho, desejos carnais, e não temos a plenitude da vida de Cristo. Você ainda está no controle da sua vida? Você deseja realmente que Cristo assuma o controle da sua vida? Em que áreas ou aspectos seu ego tem atrapalhado seu relacionamento com Deus?